1.1 Noções De Biosfera
biosfera é definida como sendo a região do planeta que contém todo o conjunto dos seres
vivos e na qual a vida é permanentemente possível.
Para satisfazer as necessidades dos seres vivos, são necessários, por um lado, a presença de água,
luz, calor e matéria para a síntese dos tecidos vivos e, por outro, ausência de condições prejudiciais à vida como substâncias tóxicas, radiações ionizantes e variações extremas de temperatura. A
biosfera apresenta todas essas condições: uma fonte externa de luz e calor - o sol; água que chega
a cobrir ¾ da superfície do planeta e substâncias minerais em contínua reciclagem nos seus vá-
rios ambientes. Apresenta ainda um escudo contra radiações ionizantes provenientes do sol - a
camada de ozônio - e grandes massas de água que se encarregam de manter a temperatura média
do planeta em torno dos 15oC, sem grandes variações.
Na realidade o termo correto para biosfera seria ecosfera (eco = oikos = casa), correspondendo
ao conjunto de biosfera, atmosfera, litosfera e hidrosfera. Porém popularizou-se o termo biosfera
que é usado no seu sentido funcional e não descritivo, ficando esta dividida em três regiões físicas distintas:
♦ litosfera - Camada superficial sólida da Terra, constituída de rochas e solos, acima do nível
das águas. Compreende ¼ da biosfera, apresenta variações de temperatura, umidade, luz, etc.
e possui enorme variedade de flora e de fauna;
♦ hidrosfera - Representada pelo ambiente líquido: rios, lagos e oceanos. Recobre ¾ da superfície total do planeta, apresenta condições climáticas bem mais constantes do que na litosfera,
salinidade variável (nos oceanos chega a 35 gramas/litro) e possui menor variedade de plantas
(20 para 1) e de animais (9 para 1) que a litosfera;
♦ atmosfera - Camada gasosa que circunda toda a superfície da Terra, envolvendo portanto, os
dois ambientes acima citados
2.1 A Vida Na Biosfera
A história da Terra começou há 4,6 bilhões de anos e o início da vida remonta a aproximadamente 1,1 bilhão de anos depois - o ser vivo mais antigo conhecido, uma bactéria, formou-se há cerca
de 3,5 bilhões de anos. Nas eras posteriores, a vida foi se diversificando cada vez mais: o padrão
de evolução assemelha-se a uma árvore com uma espécie na ponta de cada ramo. De um tronco
único, os seres vivos evoluíram e formaram os reinos do mundo vivo: monera, protista, fungi,
vegetal e animal. Os primeiros exemplares do reino vegetal datam de cerca de 1,5 bilhões de
anos - estes foram para a terra firme há cerca de 420 milhões de anos. As esponjas, membros
mais simples do reino animal, datam de 570 milhões de anos. Os insetos surgiram há aproximadamente 250 milhões, os mamíferos há 175 milhões e o homem há 46 milhões de anos. Comparando com a idade da Terra, a espécie Homo sapiens está na sua infância, principalmente se considerarmos os seus impulsos destrutivos
2.3. A ENERGIA
A fonte de energia para a biosfera é o sol: além de iluminar e aquecer o planeta, fornece energia
para a síntese de alimento. A energia solar também é responsável pela distribuição e reciclagem
de elementos químicos, pois governa o clima e o tempo nos sistemas de distribuição de calor e
água na superfície do planeta. Dos 100% de energia solar enviada para a Terra, somente 47%
conseguem atingir a sua superfície, sendo 30% energia direta e 17% difusa (Figura 2.1). Dos
100% iniciais, menos de 1% é utilizado pelos vegetais na produção de alimento.
2.4 Os Recursos Naturais
Ar, água, solo, minerais, flora e fauna, genericamente, são recursos naturais, isto é, são recursos
que a natureza coloca à disposição dos seres vivos, para que estes possam satisfazer às suas necessidades. A existência da biosfera está condicionada à disponibilidade desses recursos que podem der divididos em:
♦ renováveis - são aqueles recursos que naturalmente podem ser regenerados após o uso, como:
a água, o ar, a energia solar, a energia eólica, a madeira, as plantas produtoras de fibra, os veEnergia solar convertida em energia
química na matéria orgânica
(através da fotossíntese)
Energia química que se emprega para produzir
trabalho nas células do organismo
(através da respiração)
getais usados na alimentação, animais usados na alimentação e na confecção de agasalhos e os
nutrientes;
♦ não-renováveis - são aqueles que não podem ser naturalmente regenerados após o uso ou são
regenerados em tempos geológicos muito extensos. O calcário, a argila, a areia, o petróleo e o
carvão mineral são exemplos de recursos naturais não-renováveis.
2.5 O Desequilíbrio Ecológico
As atividades humanas contribuem para alterações dos requisitos de qualidade da biosfera. As
indústrias com suas chaminés e o uso dos veículos movidos a gasolina ou a óleo alteram a composição da atmosfera; os resíduos lançados pelos esgotos das fábricas e das casas alteram a composição da hidrosfera; a disposição inadequado do lixo, dos entulhos de construção, dos rejeitos
da mineração, dos inseticidas, dos adubos, etc., alteram a composição da litosfera
Algumas dessas atividades humanas podem ser benéficas para a biosfera, melhorando as condi-
ções de vida ou de desenvolvimento, por exemplo: a adubação e a irrigação do solo, aumentando
nele a quantidade de elementos nutritivos e água necessários ao crescimento das plantas. Outras
porém são nocivas por causarem poluição, erosão. etc. Às vezes, uma atividade é benéfica em
uma determinada área e para outra torna-se nociva, como, por exemplo, a aplicação de inseticidas
para combater as pragas da lavoura, causando morte de insetos inofensivos e contaminando a á-
gua dos rios próximos. O perfeito equilíbrio entre todas essas atividades e o perfeito conhecimento das relações entre as espécies de animais e vegetais que habitam diferentes locais da biosfera,
torna-se assim indispensável para que se consiga manter as características do meio em que vivemos.
ecologia geral
sábado, 23 de julho de 2011
A Ecologia Geral
1.1 A Ecologia geral
Para a ciência ecológica, o meio ambiente é o conjunto de condições físicas (luz, temperatura,
pressão...), químicas (salinidade, oxigênio dissolvido...) e biológicas (relações com outros seres
vivos) que cercam o ser vivo, resultando num conjunto de limitações e de possibilidades para
uma dada espécie: o meio ambiente é tudo que nos cerca
1.2 Nives De Organização biológica
O hábitat de um organismo é o local onde ele vive; ou ainda, é o ambiente que oferece um conjunto de condições favoráveis ao desenvolvimento de suas necessidades básicas - nutrição, prote-
ção e reprodução. O nicho ecológico é o papel de uma espécie numa comunidade - como ela faz
para satisfazer as suas necessidades. As algas, por exemplo, têm o seu hábitat na água superficial
de um lago (zona iluminada), e parte do seu nicho ecológico é a produção de matéria orgânica,
através da fotossíntese, a qual serve de alimento para sua população e para alguns animais
A melhor maneira de entender o campo de estudo da ecologia moderna é utilizando-se do conceito de níveis de organização dos seres vivos (Odum, 1972). Nestes, um arranjo hierárquico agrupa
os seres vivos partindo de sistemas biológicos simples – genes - para biossistemas cada vez mais
complexos – biosfera -, formando um todo unificado, conforme esquema abaixo.
GENES → CÉLULAS → TECIDO → ÓRGÃO → APARELHO → ORGANISMO →
→→→ POPULAÇÃO →→→ COMUNIDADE →→→ ECOSSISTEMA →→→ BIOSFERA
A ecologia estuda fundamentalmente os quatro últimos níveis desta seqüência. Entendendo-se
por:
♦ população: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que ocupa uma determinada área;
♦ comunidade: conjunto de populações que interagem de forma organizada, vivendo numa
mesma área;
♦ ecossistemas: conjunto resultante da interação entre a comunidade e o ambiente inerte;
♦ biosfera ou ecosfera: sistema que inclui todos os organismos vivos da Terra, interagindo com
o ambiente físico, como um todo.
Para a ciência ecológica, o meio ambiente é o conjunto de condições físicas (luz, temperatura,
pressão...), químicas (salinidade, oxigênio dissolvido...) e biológicas (relações com outros seres
vivos) que cercam o ser vivo, resultando num conjunto de limitações e de possibilidades para
uma dada espécie: o meio ambiente é tudo que nos cerca
1.2 Nives De Organização biológica
O hábitat de um organismo é o local onde ele vive; ou ainda, é o ambiente que oferece um conjunto de condições favoráveis ao desenvolvimento de suas necessidades básicas - nutrição, prote-
ção e reprodução. O nicho ecológico é o papel de uma espécie numa comunidade - como ela faz
para satisfazer as suas necessidades. As algas, por exemplo, têm o seu hábitat na água superficial
de um lago (zona iluminada), e parte do seu nicho ecológico é a produção de matéria orgânica,
através da fotossíntese, a qual serve de alimento para sua população e para alguns animais
A melhor maneira de entender o campo de estudo da ecologia moderna é utilizando-se do conceito de níveis de organização dos seres vivos (Odum, 1972). Nestes, um arranjo hierárquico agrupa
os seres vivos partindo de sistemas biológicos simples – genes - para biossistemas cada vez mais
complexos – biosfera -, formando um todo unificado, conforme esquema abaixo.
GENES → CÉLULAS → TECIDO → ÓRGÃO → APARELHO → ORGANISMO →
→→→ POPULAÇÃO →→→ COMUNIDADE →→→ ECOSSISTEMA →→→ BIOSFERA
A ecologia estuda fundamentalmente os quatro últimos níveis desta seqüência. Entendendo-se
por:
♦ população: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que ocupa uma determinada área;
♦ comunidade: conjunto de populações que interagem de forma organizada, vivendo numa
mesma área;
♦ ecossistemas: conjunto resultante da interação entre a comunidade e o ambiente inerte;
♦ biosfera ou ecosfera: sistema que inclui todos os organismos vivos da Terra, interagindo com
o ambiente físico, como um todo.
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